Quem nunca desejou que outra pessoa mudasse? Que as coisas fossem exatamente do jeito que você queria? Seu trabalho, casamento, família, situações, amigos e etc. Mudar em certa medida é sempre bom. Mas, será que realmente iríamos gostar e aproveitar ao máximo esse “ideal”? Hoje trago um texto compartilhado por um paciente e que nos traz exatamente essa reflexão.
Sequilho com goiabada
Criei o costume de toda semana comprar sequilho com goiabada na padaria perto daqui de casa. Comê-lo bebendo um café sem açúcar tornou-se, sem exagero, um dos momentos mais deliciosos da semana. Mas a goiabada me incomodava. Não necessariamente ela, mas sua pouca quantidade. Era um pingo no meio do sequilho.
Reclamei na padaria, chamei o padeiro de usura e tudo mais.
Outro dia, voltando do trabalho, passei pela padaria e, pra minha sorte, disseram que havia um sequilho especial pra mim. Lá estava, o meu sonho num sequilho de um real. Quase que completamente coberto de goiabada.
Chegando em casa, preparado o café e toda a ritualística necessária para consumir o apetecível sequilho, ocorreu que não comi nem a metade. Enjoei na segunda mordida. Doce demais, chegava a dar náuseas.
Dia seguinte, cheguei na padaria e lá estava: outro sequilho coberto de goiabada. Me ofereceram e, por vergonha de dizer que odiei o do dia anterior, comprei. Em casa, raspei a goiabada e comi.
O problema, o inferno, não era a goiabada nem o padeiro, era eu. Fui eu quem, amando o que amava, queria do meu jeito, sem entender que eu gostava era do jeito que era, porque se do meu jeito fosse, eu rejeitaria, enjoaria e até tentaria fazê-lo voltar a ser como era.
Assim fazemos com as pessoas também. No início as amamos como são, depois que estão conosco começamos a criticar, tentamos mudá-las, tentamos “colocar do nosso jeito”, sem saber que nosso jeito são nossas projeções, pessoas que não existem, e que se existissem, enjoaríamos delas.
Transformamos para descartar, porque quando aquela pessoa muda, muito provavelmente quem gostávamos não está mais lá.
Essa semana voltei à padaria, pedi o sequilho sem goiabada e mandei avisar ao padeiro que a receita original dele é que era a boa e não a minha versão.
Abençoados sejam meus amigos, cada qual a sua maneira e o seu jeito de ser.
(Autor desconhecido)
Conclusão…
Não perca sua vida tentando mudar as pessoas à sua volta. A melhor mudança é aquela que ocorre dentro de você😉
Um grande abraço,
👋😃 Claudia Cruz
Psicóloga/Terapia Cognitivo Comportamental.
Respostas de 2
É verdade a gente conhece a pessoa e depois de um tempo de convívio queremos moldar a pessoa a nosso gosto e isso com certeza não vai resolver nada porque ela deixará de ser ela mesmo e isso pode gerar muitos problemas na vida pessoal, no convívio familiar e psicológico. eu penso que devemos aceitar as pessoas do jeito que elas são e não querer que elas sejam do jeito que vc quer cada pessoa tem sua personalidade e deve ser respeitado. se estiver errada me corrige Cláudia Cruz. Bjos até a próxima
O autor do texto chama-se Jonathan Araújo. Reflexão excelente, bora então dar os créditos a mente por traz do conto…
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