Se você vive repetindo para o seu filho que: “ele é terrível”,“que ele não tem jeito”, “que ele é desobediente”, entre outras frases, cuidado você pode estar rotulando seu filho.
A rotulação é considerada pela Terapia Cognitivo Comportamental como um erro de pensamento. Aprendemos a nos rotular e a rotular os outros desde a infância.
Às vezes sem perceber podemos rotular nossos filhos e não nos damos conta do impacto que isso pode ocorrer com ele. A nossa autoestima e autoimagem não é construída sozinha, mas em conjunto de como os outros nos percebem.
Problemas da rotulação
O perigo da rotulação é que ela “congela” as características de uma criança em uma única característica, ou seja, o rótulo negativo que ela recebe com frequência. Assim o olhar dos pais e educadores podem acabar sendo tendencioso. Portanto qualquer mudança, seja ela sutil no comportamento da criança, poderá não ser percebido pelos pais.
Outro problema que pode acarretar é influenciar no desenvolvimento da autoestima e autoimagem da criança ou adolescente, pois a repetição de um rótulo acaba por convencer a criança de que ela é realmente àquilo que estão falando para ela, dificultando até mesmo no processo de mudança, afinal quem está falando para ela são os pais. Observe mais e rotule menos.
Como evitar a rotulação
- Mostre para ele(a) qual a maneira que você deseja que ele se comporte: Quando seu filho se comportar de forma inadequada, deixe de lado os rótulos, muitas vezes os pais repreendem o filho por algo de errado que ele fez, mas não mostra a maneira certa ou mais adequada.
2. Elogie seu filho: Quando ele(a) se comportar bem, assim ele não fica preso em rótulos negativos, mas não só nesses momentos, tenha o hábito de elogiá-lo sempre.
Educar é repetir até criar uma aprendizagem. Não será em uma única vez que a criança vai mudar o comportamento, será necessário repetir, repetir e repetir até a aprendizagem se concretizar. Mude seu comportamento e logo verá seu filho mudar também.
Não deixe que situações do dia-a-dia do seu filho(a) “congele” as inúmeras características positivas que ele tem. Lembre-se que seria horrível ser rotulado de forma negativa por um momento da vida.
Psicóloga Claudia Cruz